Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Drama de Guerra

Glória Feita de Sangue: um ótimo drama de guerra

Imagem
Glória Feita de Sangue: filme dirigido por Stanley Kubrick QUANDO OS CANALHAS SE REFUGIAM NAS FILEIRAS DO PATRIOTISMO           Na primeira vez em que assisti ao filme Glória Feita de Sangue , realizado em 1957 por Stanley Kubrick, devia ter uns 20 anos. Era de madrugada, estava com insônia e liguei a TV. Por coincidência o filme começou a ser exibido naquele instante. Me acomodei no sofá e pensei:           – É um filme velho, de 1957 e ainda por cima em preto-e-branco... Em pouco tempo vou estar dormindo.           Como me enganei! Não só acompanhei com entusiasmo como decidi que aquele seria, dalí em diante, um dos dez filmes que levaria comigo se tivesse que passar um tempo em uma ilha deserta. Uma obra incrível, que Kubrick dirigiu antes de completar seus 30 anos!           Glória Feita de Sangue baseou-se no romance escrito em 1935 por Humphrey Cobb, inspirado num artigo que leu no New York Times, sobre cinco soldados franceses na Primeira Guerra Mundial, que foram executados po

Jadotville: a história real do ataque à tropa de paz da ONU

Imagem
Jadotville: fime com roteiro de Kevin Brodbin OS MOCINHOS SÃO DA TROPA DE PAZ, MUNIDOS DE MUITA CORAGEM A história da humanidade é a história das nossas guerras, geralmente narrada pelo lado vencedor. Basta abrir um livro didático do ensino médio e constatar que ele estará organizado de acordo com a expansão dos impérios, conquistas de territórios, revoluções, lutas por independência... As guerras estruturam a história que aprendemos nos bancos escolares, mas também são fontes inesgotáveis de... boas histórias!  Me refiro ao s dramas pessoais vividos durante as guerras, que sempre forneceram conteúdo para a literatura e depois para o cinema, onde o gênero se desdobrou em subgêneros, englobando desde os filmes que se detém especificamente nos combates, até aqueles onde a guerra vira apenas pano de fundo. Encontramos produções grandiosas e elaboradas, mas também tropeçamos em filmes B, onde o que manda é a ação, pura e simples.          O filme  Jadotville , dirigido em 2016 por Richi

1917: atravessando a Terra de Ninguém durante a Primeira Guerra Mudial

Imagem
1917: filme dirigido por Sam Mendes O PRINCIPAL PERSONAGEM É A CÂMERA! Há tempos li uma entrevista concedida por Stanley Kubrick, onde ele é questionado sobre o motivo pelo qual jamais filmou uma história de sua autoria. De fato, a filmografia do aclamado diretor é composta por obras de vários gêneros, mas todas escritas por terceiros. Kubrick alegou acreditar na beleza e no impacto de se ouvir uma história pela primeira vez.         Em sua reposta mostrou que eram justamente esses dois valores, beleza e impacto, que tentava passar aos espectadores. Para tanto, precisava, ele mesmo, vivenciá-los antes de assumir seu papel de contador de histórias. Segundo o diretor, durante o processo de construir uma história partindo do zero, tendo que aparar arestas e solucionar a trama, o encanto inicial acaba se quebrando. Por isso preferia filmar histórias cuja magia da primeira leitura ainda carregasse viva na memória.         Talvez essa tenha sido apenas uma desculpa – ou palavras de efeito

Siga a Crônica de Cinema