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Rush - No Limite da Emoção: um dos melhores filmes de corrida já realizados

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Rush - No Limite da Emoção: filme dirigido por Ron Howard UMA DAS RIXAS MAIS EPOLGANTES DA FÓRMULA 1 Rush - No Limite da Emoção , filme dirigido em 2013 por Ron Howard, é um dos melhores filmes de corrida já realizados! Mais que isso, é uma verdadeira façanha cinematográfica. Apertei o play esperando encontrar algum entretenimento, voltado mais para os amantes da Fórmula 1 e embalado por cenas de ação em ritmo... acelerado. E estava certo: o filme é exatamente isso. Mas, para minha surpresa, também abriu espaço para o drama e trouxe seus protagonistas para o primeiro plano. Desenhou um retrato empolgante de dois grandes personagens do mundo esportivo: James Hunt e Niki Lauda, dando a eles uma dimensão heroica. E assim, consegue envolver até mesmo aqueles desatentos ao automobilismo.           O filme é sobre a rixa que os dois pilotos travaram nos anos 1970, dentro e fora das pistas. Mas dizer que as corridas servem apenas como pano de fundo, enquanto o destaque vai para os personagens

Estrada Sem Lei: a história real de Bonnie e Clyde

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Estrada Sem Lei: filme de  John Lee Hancock NA ERA DO  STREAMING, AS BOAS HISTÓRIAS ESTÃO GANHANDO NOVAS CHANCES Bonnie e Clyde eram bandidos e celebridades. Admirados por multidões, a despeito de terem se tornado assassinos cruéis e sanguinários, também eram pedras nos sapatos da lei. Para capturá-los, dois Texas Rangers do primeiro time foram escalados: Paul Newman e Robert Redford. Bem... ao menos era essa a intenção de John Fusco, roteirista e produtor. Para ele, a dupla de astros de Hollywood era perfeita para interpretar os protagonistas e tratou de envolvê-los no projeto. Trabalhou por anos para concretizar financeiramente essa ideia, mas jamais obteve sucesso. Até que a Netflix entrou na jogada. O serviço de streaming comprou o projeto, convocou Kevin Costner e Woody Harrelson e viabilizou Estrada Sem Lei , filme de 2019 dirigido por John Lee Hancock.           Com seus planos abertos e ritmo envolvente, Estrada Sem Lei parece ter sido feito para as telas dos cinemas. Ao mesm

Bingo: O Rei Das Manhãs: a história real do palhaço Bozo

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Bingo: O Rei das Manhãs: filme dirigido por Daniel Rezende UMA DAS MELHORES REALIZAÇÕES DO CINEMA BRASILEIRO! A mesma tecnologia digital que criou as proezas da computação gráfica, ajudou a baratear os custos de produção e permitiu uma expansão da indústria do cinema. Países que jamais ousavam rivalizar com os grandes centros de produção, hoje encontram plateias ávidas por novidades nas plataformas de streaming. Zapear por elas é como navegar em águas internacionais, sempre sujeitas a tempestades e ao tráfego intenso. O problema é que, vez ou outra, embarcamos em algumas canoas furadas – isso mostra que fazer cinema pode parecer uma aventura, mas não é para aventureiros!           O padrão hollywoodiano de fazer filmes continua se impondo: combina investimentos com trabalho em equipe, dedicação e profissionalismo. Mas a fórmula só garante a qualidade técnica das produções. O que faz um bom filme é o talento daqueles que ousam contar boas histórias. Primeiro, vem a ideia para o enredo.

1917: atravessando a Terra de Ninguém durante a Primeira Guerra Mudial

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1917: filme dirigido por Sam Mendes O PRINCIPAL PERSONAGEM É A CÂMERA! Há tempos li uma entrevista concedida por Stanley Kubrick, onde ele é questionado sobre o motivo pelo qual jamais filmou uma história de sua autoria. De fato, a filmografia do aclamado diretor é composta por obras de vários gêneros, mas todas escritas por terceiros. Kubrick alegou acreditar na beleza e no impacto de se ouvir uma história pela primeira vez.         Em sua reposta mostrou que eram justamente esses dois valores, beleza e impacto, que tentava passar aos espectadores. Para tanto, precisava, ele mesmo, vivenciá-los antes de assumir seu papel de contador de histórias. Segundo o diretor, durante o processo de construir uma história partindo do zero, tendo que aparar arestas e solucionar a trama, o encanto inicial acaba se quebrando. Por isso preferia filmar histórias cuja magia da primeira leitura ainda carregasse viva na memória.         Talvez essa tenha sido apenas uma desculpa – ou palavras de efeito

Jojo Rabbit: drama temperado com doses de humor

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Jojo Rabbit: filme dirigido por Taika Waititi O DESCABIDO AMIGO IMAGINÁRIO DÁ PERSONALIDADE AO FILME Outro dia, Ludy e eu decidimos assistir ao filme Jojo Rabbit , dirigido em 2019 por Taika Waititi. Minha mulher não tinha opinião formada – não fora contaminada pelo falatório em torno desse vencedor do Óscar de melhor roteiro original. Quanto a mim, bombardeado pelos palpites dos cinéfilos nas redes sociais, acreditava que assistiria a uma comédia animada, engajada nas causas antinacionalistas e feita para destilar ironia ácida sobre o nazismo atroz e ultramilitarizante, que robotizou a juventude alemã durante a Segunda Guerra Mundial. Estava enganado. Descobri que o filme não é propriamente uma comédia, mas um drama sensível e criativo, bem temperado com doses generosas de humor. A história que ele nos conta é consistente, focada em personagens cativantes.         Depois do filme me perguntei:         – Mas por que raios continuo me empanturrando nesse banquete de críticas e resenhas

O Oficial e o Espião: o caso real de Dreyfus narrado como um thriller

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O Oficial e o Espião: filme dirigido por Roman Polanski ROMAN POLANSKI NOS LEMBRA COMO SE FAZ CINEMA DE VERDADE Acomodados no sofá, controle remoto nas mãos, Ludy e eu vasculhamos o serviço de streaming à cata de algo que valha a pena. Tarefa exaustiva, essa. Examina-se as capas dos filmes, lê-se as sinopses sintéticas e quase sempre mal redigidas, procura-se por mais informações no celular... Enquanto isso, o tempo passa e a impaciência aumenta. Mas num dia desses , a busca terminou de repente. Ludy até se espantou quando gritei:         – Uau! Esse é o último filme do Polanski! Vai ser esse e pronto!         Ludy não questionou meu arroubo autoritário. Ela também aprecia o talento do diretor. Clicamos no play e em instantes estávamos assistindo a um dos melhores filmes do ano: O Oficial e o Espião , realizado com requinte e competência em 2019, por um dos mais brilhantes diretores da história do cinema. É cinema de qualidade, como não se vê com frequência.         Bem, talvez o meu

Busca Implacável: o ator Liam Neeson faz a diferença num filme de ação

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Busca Implacável: filme dirigido por Pierre Morel UM PRODUTO HONESTO, QUE CUMPRE A PROMESSA DE BOM ENTRETENIMENTO O que há de cativante no filme  Busca Implacável ? Ele foi dirigido por Pierre Morel em 2008 e contabilizou enorme sucesso comercial. A história de um pai feroz, lutando para resgatar a filha das mãos de traficantes de mulheres, oferece oportunidades dramáticas para construir várias cenas de ação e suspense. Luc Besson e Robert Mark Kamen souberam aproveitá-las: escreveram um roteiro objetivo, simples e eficiente. Porém, o grande trunfo acabou  sendo o ator Liam Nesson, que emprestou seu nome e reputação ao filme, em troca do ingresso num nicho de mercado bastante lucrativo.        Perseguições a pé e de carro, socos e pontapés, tiros, facadas, explosões, mortes… Muitas mortes! Não há surpresas em Busca Implacável e talvez seja essa a razão para que ele resulte tão cativante. O espectador prepara seu balde de pipoca, abre a garrafa de refrigerante, aperta o play e por uma

Bastardos Inglórios: Quentin Tarantino subverte a verdade em favor do bom cinema

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Bastardos Inglórios: filme de Quentin Tarantino UMA TRILHA SONORA REPLETA DE BOAS SURPRESAS Ludy detesta filmes violentos e não compartilha meu gosto por thrillers de guerra. Quando decido revisitar um desses filmes pela enésima vez, minha mulher se lembra que tem mais o que fazer e sai da sala. Prefere me deixar sozinho, exercendo minha obsessão de cinéfilo esmiuçador. Entre os filmes que faço questão de rever de vez em quando está Bastardos Inglórios , de 2009, escrito e dirigido por Quentin Tarantino. Tenho vários motivos para fazê-lo, mas hoje quero falar da trilha sonora que o diretor escolheu.           Ninguém consegue ficar impassível diante de  Bastardos Inglórios . É amá-lo ou odiá-lo! O senso de humor peculiar, a preferência pelas cenas violentas retratadas com requintes gráficos, a precisão dos diálogos conduzindo a narrativa afiada e ritmada... Tarantino é único. Mas confesso que o filme me pegou logo na cena inicial. Para ilustrar meu ponto, deixe-me tentar descr

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