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Eu, Christiane F. - 13 Anos, Drogada e Prostituída: filme de 1981

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Eu, Christiane F. - 13 Anos, Drogada e Prostituída: direção de Ulrich Edel CONTUNDENTE, DIDÁTICO, REALISTA E ATUAL Tempos atrás, Ludy e eu vivemos uma experiência de cinema um tanto peculiar. Num fim de semana, assistimos a dois filmes protagonizados por meninas, um completamente diferente do outro. No entanto, encontramos neles uma conexão surpreendente: ambos falam de família, só que um nasceu pela falta dela e o outro, por causa dela. No primeiro, a família é uma abstração tão desfocada, que em momento algum lembramos dela. No segundo, a concretude da família é tão nítida, que não há como esquecer dela em nenhuma cena. O primeiro filme é Eu, Christiane F. - 13 Anos, Drogada e Prostituída , dirigido em 1981 por Ulrich Edel. O segundo é Destemida , dirigido em 2022 por Sarah Spillane.           Pensei em desenvolver uma única crônica sobre os dois filmes, mas logo percebi que seria impossível. Primeiro, porque exigiria muitos parágrafos além do usual. Depo...

Uma Saída de Mestre: remake hollywoodiano de um clássico inglês

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Uma Saída de Mestre: Direção de F. Gary Gray VEROSSIMILHANÇA? QUEM ESTÁ PREOCUPADO COM ISSO? Ah, a vida moderna! Ela às vezes se parece com um massacre de dificuldades. Nos atinge com insistentes golpes de aborrecimentos e consegue nos molestar com os assuntos mais desagradáveis: os preços pela hora da morte, a falta de segurança nas ruas, a avalanche de impostos, a selvageria do trânsito, a cara de pau dos políticos desonestos... Ainda bem que a vida moderna também nos deixa experimentar a contraparte da realidade: o escapismo! É ótimo chegar em casa, largar-se no sofá, vasculhar os serviços de streaming e mergulhar no oceano de entretenimento ligeiro. Há dias em que tudo o que precisamos é tropeçar em um filme leve, despretensioso, raso e descomplicado. Há dias em que tudo o que precisamos é encontrar Uma Saída de Mestre , filme de 2003 dirigido por F. Gary Gray!           Não prego o escapismo como norma! Lembro apenas que até mesmo os cinéfilos mais eng...

A História do Mundo - Parte 1: Mel Brooks dá sua versão dos fatos

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A História do Mundo - Parte 1: direção de Mel Brooks HUMOR POLITICAMENTE INCORRETO, COMO DEVE SER! Não, Mel Brooks nunca teve a intenção de realizar uma segunda parte para o filme  A História do Mundo - Parte 1 , que escreveu, dirigiu e produziu em 1981. O título nasceu como uma piada, que ele fez questão de contar em uma entrevista: dirigia a caminho do trabalho quando foi abordado por um conhecido inoportuno. O abusado emparelhou com seu carro é gritou:           – E então, está trabalhando em mais um filme grandioso?           – Sim, vai se chamar A História do Mundo – retrucou Brooks. Inventou na hora o título mais grandiloquente que conseguiu imaginar.           – Nossa! Como vai conseguir contar tudo em um único filme? – especulou o sujeito. Mel Brooks não perdeu a oportunidade e se saiu com a tirada:           – Tem razão! Acho que vou chamá-lo de A Históri...

Midway – Batalha em Alto Mar: fatos históricos e personagens reais

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Midway - Batalha em Alto Mar: direção de Roland Emmerich UM FILME DE AÇÃO FIEL AOS FATOS Nas mãos de Roland Emmerich, até a guerra vira entretenimento! E dos bons! Mais conhecido por seus filmes de catástrofe, como O Dia Depois de Amanhã , 2012 , Idependence Day e Moonfall , o diretor alemão se tornou uma das máquinas mais lucrativas de Hollywood. Especializou-se num tipo de espetáculo grandioso, que atrai pelo ritmo acelerado e pela profusão de cenas de destruição, às quais jamais poderemos assistir no mundo real – provavelmente estaremos mortos antes de atinar para os acontecimentos ao redor! Em Midway – Batalha em Alto Mar , seu filme de 2019, Emmerich lança mão de todos os seus truques para narrar uma das mais importantes batalhas navais da Segunda Guerra Mundial. Agarrado a uma notável precisão histórica, mostrou a estratégia e as ações tanto dos americanos como dos japoneses, .           Por vinte anos, Emmerich alimentou o desejo de realizar um film...

O Último Samurai: até que ponto essa história é verdadeira?

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O Último Samurai: direção de Edward Zwick PERSONAGENS FICTÍCIOS E PREMISSAS VERDADEIRAS Há uma interseção entre os faroestes americanos e os filmes japoneses sobre samurais. Um gênero sempre inspirou o outro. Mais que isso, nutriram-se! Os arquétipos apresentados pelo mestre Akira Kurosawa em Os Sete Samurais , realizado em 1954 como uma homenagem aos cowboys, serviu de munição para filmes como Sete Homens e Um Destino , tanto o de 1960, dirigido por John Sturges, como o remake de 2016, de Antoine Fuqua. Cito aqui o exemplo mais óbvio, mas os cinéfilos antenados certamente serão capazes de resgatar outros, ainda mais surpreendentes. Mas em O Último Samurai , realizado em 2003 por Edward Zwick, os elementos se cruzaram para compor um drama épico, pontuado com cenas de guerra e personagens marcantes.           O filme conta a história de Nathan Algren (Tom Cruise), um atormentado capitão do exército americano – durante a Guerra Civil, participou do massacre d...

Marshall: Igualdade e Justiça: retrato de um herói autêntico

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Marshall: Igualdade e Justiça: direção de Reginald Hudlin TODOS NÓS SABEMOS O QUE É JUSTIÇA Dramas de tribunal acabaram agrupados em um gênero específico, tanto na literatura como no cinema. Autores como John Grisham, Aaron Sorkin e William Diehl exploraram as diferentes dinâmicas que se estabelecem nas cortes de justiça e usaram elementos de mistério e suspense para segurar o leitor – e o espectador – até que o martelo seja finalmente batido. Souberam recitar os cânones e contornar os clichês, sem desapontar o público ávido por... justiça!           Sim, no final das contas, é esse o foco de qualquer drama de tribunal. Sejam leigos, sejam bacharelados, o q ue  estão interessados em ver é a justiça exercida em sua plenitude. Reconhecê-la no final, com suas imperfeições e promessas, porém cega, equilibrada e exposta sem disfarces. Mesmo que, no final da trama, ela tropece em parcialidades, ainda assim saberemos que é ela, apenas representada por sua exa...

Conta Comigo: um dos melhores dramas sobre amadurecimento

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Conta Migo: direção de Rob Reiner RESULTADO DE ÓTIMAS ESCOLHAS NARRATIVAS O nome Stephen King está fortemente ligado aos gêneros terror, suspense, fantasia e ficção científica. Hábil em causar arrepios nos leitores, o escritor vendeu mais 400 milhões de livros mundo afora. Arregimentou uma legião de fãs engajados. Mas ao entrarmos no campo do cinema, há outras de suas facetas que nos saltam aos olhos. Enquanto algumas adaptações de seus romances são para provocar medo, como em O Iluminado , Carrie, a Estranha e It – A Coisa , outras exploram o talento do autor como contador de histórias sensíveis e edificantes. Me refiro a títulos como À Espera de Um Milagre , Um Sonho de Liberdade e Conta Comigo . Este último, dirigido em 1986 por Rob Reiner é o filme que mais destoa no universo de Stephen King – curiosamente, é aquele que o autor considera aquele que foi melhor adaptado!           Esse filme denso e sensível foi baseado em um pequeno romance publicado e...

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