Caminhando com a Ludy
Oficialmente, Ludy e eu estamos casados há 37 anos, mas já comemoramos nosso 38º aniversário – adicionamos seis meses de namoro e seis meses de noivado. O que acontece entre nós é que há um gostar de estar na companhia um do outro que faz o tempo passar depressa demais. Logo de cara descobrimos que nos amávamos. Na medida em que o cotidiano veio se impondo, esse amor aumentou, amadureceu, ganhou concretude e se tornou vital.
Casal perfeito? Longe disso! Brigamos, nos magoamos, fazemos as pazes, nos orgulhamos um do outro, nos irritamos um com o outro e cobramos um ao outro. Somos exigentes, condescendentes, perdoamos, impomos condições, rimos das nossas piadas, cuidamos um do outro e cada um do seu próprio nariz. Mas é da nossa natureza compartilhar tudo nessa vida, o que nos faz companheiros em tempo integral.
Passados todos esses anos, não tenho dúvidas: nos amamos e ponto! A preocupação em cuidar da saúde – que devo confessar é maior nela do que em mim – fez com que adotássemos como hábito as caminhadas diárias, com uma hora de duração. Vá lá, elas são “quase” diárias, já que os compromissos profissionais, o mau tempo, a preguiça e os imprevistos vez ou outra atrapalham. Porém, sempre determinada, é Ludy quem acaba me lavando para caminhar.
Dependendo do horário, da agenda e da disposição para encarar o trânsito, caminhamos nos parques ou pela ruas do bairro. Durante a caminhada, não fazemos outra coisa senão conversar. E como conversamos! Os temas surgem de acordo com os humores e são desencadeados pelo livre pensar: nossos pais, nossas famílias, nossa filha, os colegas, os amigos, as relações profissionais, cinema, lembranças de viagem, política, finanças, espiritualidade, saúde, ideias, planos, frustrações, desejos...
Falamos e ouvimos o tempo todo. Concordamos, divergimos, entramos em consenso ou simplesmente paramos de discutir para evitar dissabores. Mas o resultado a que chegamos é sempre o mesmo: aumentamos o nosso repertório de vida. Amadurecemos um pouco mais a cada caminhada!
Caminhar com a Ludy é um exercício do qual já não posso prescindir. Tenho que dizer, com o perdão da metáfora, que encontrei nela a melhor parceira de caminhada. Nossos pares de tênis contam alta quilometragem, contabilizada pelas horas de conversas que acumulamos. Sem exageros, afirmo que todos os saberes e experiências que já adquiri nessa vida foram discutidos, avaliados, depurados e estabelecidos de fato ao longo dessas caminhadas. O que sei e o que sou hoje, devo a esse caminhar cotidiano.
Há tempos vinha tentando dar vazão a esse mar de reflexões, expressando meus pontos de vista sobre os assuntos que me interessam, em especial o cinema. A ideia de criar um blog nasceu em uma dessas caminhadas com a Ludy. Percebendo que havia disponibilidade, motivação e conteúdo para alimentar algumas páginas semanais, decidi empreender.
Portanto, Crônica de Cinema tem uma razão de ser: tornar-se a extensão do meu caminhar com a Ludy. O cinema é o tema recorrente, que serve de pretexto para falar sobre todos os assuntos do cotidiano. Como acontece com toda caminhada, esta seguirá o percurso e os prazos que já tenho em mente, mas... quem garante que tudo sairá dentro dos conformes? Não me arrisco a prever nada. Vamos descobrir os resultados ao longo do tempo. Algumas caminhadas de uma hora duram uma eternidade, outras terminam rápido. Tudo depende dos humores, dos assuntos e da disposição em caminhar.
Minhas caminhadas com a Ludy nunca são iguais. Quando voltamos para casa, sempre chego com a próxima caminhada já agendada para o dia seguinte. Não tenho a menor intenção de parar. Ainda quero percorrer muitos quilômetros, mas sei que o tempo vai passar depressa. Vejam só! Bastou uma olhadela no relógio para constatar: já estamos caminhando há tantos anos!
O que acontece entre mim e a Ludy é que há um gostar de estar na companhia um do outro que faz o tempo passar depressa demais! É assim que o tempo se comporta quando estamos caminhando, conversando e nos divertindo. Ele voa!
Casal perfeito? Longe disso! Brigamos, nos magoamos, fazemos as pazes, nos orgulhamos um do outro, nos irritamos um com o outro e cobramos um ao outro. Somos exigentes, condescendentes, perdoamos, impomos condições, rimos das nossas piadas, cuidamos um do outro e cada um do seu próprio nariz. Mas é da nossa natureza compartilhar tudo nessa vida, o que nos faz companheiros em tempo integral.
Passados todos esses anos, não tenho dúvidas: nos amamos e ponto! A preocupação em cuidar da saúde – que devo confessar é maior nela do que em mim – fez com que adotássemos como hábito as caminhadas diárias, com uma hora de duração. Vá lá, elas são “quase” diárias, já que os compromissos profissionais, o mau tempo, a preguiça e os imprevistos vez ou outra atrapalham. Porém, sempre determinada, é Ludy quem acaba me lavando para caminhar.
Dependendo do horário, da agenda e da disposição para encarar o trânsito, caminhamos nos parques ou pela ruas do bairro. Durante a caminhada, não fazemos outra coisa senão conversar. E como conversamos! Os temas surgem de acordo com os humores e são desencadeados pelo livre pensar: nossos pais, nossas famílias, nossa filha, os colegas, os amigos, as relações profissionais, cinema, lembranças de viagem, política, finanças, espiritualidade, saúde, ideias, planos, frustrações, desejos...
Falamos e ouvimos o tempo todo. Concordamos, divergimos, entramos em consenso ou simplesmente paramos de discutir para evitar dissabores. Mas o resultado a que chegamos é sempre o mesmo: aumentamos o nosso repertório de vida. Amadurecemos um pouco mais a cada caminhada!
Caminhar com a Ludy é um exercício do qual já não posso prescindir. Tenho que dizer, com o perdão da metáfora, que encontrei nela a melhor parceira de caminhada. Nossos pares de tênis contam alta quilometragem, contabilizada pelas horas de conversas que acumulamos. Sem exageros, afirmo que todos os saberes e experiências que já adquiri nessa vida foram discutidos, avaliados, depurados e estabelecidos de fato ao longo dessas caminhadas. O que sei e o que sou hoje, devo a esse caminhar cotidiano.
Há tempos vinha tentando dar vazão a esse mar de reflexões, expressando meus pontos de vista sobre os assuntos que me interessam, em especial o cinema. A ideia de criar um blog nasceu em uma dessas caminhadas com a Ludy. Percebendo que havia disponibilidade, motivação e conteúdo para alimentar algumas páginas semanais, decidi empreender.
Portanto, Crônica de Cinema tem uma razão de ser: tornar-se a extensão do meu caminhar com a Ludy. O cinema é o tema recorrente, que serve de pretexto para falar sobre todos os assuntos do cotidiano. Como acontece com toda caminhada, esta seguirá o percurso e os prazos que já tenho em mente, mas... quem garante que tudo sairá dentro dos conformes? Não me arrisco a prever nada. Vamos descobrir os resultados ao longo do tempo. Algumas caminhadas de uma hora duram uma eternidade, outras terminam rápido. Tudo depende dos humores, dos assuntos e da disposição em caminhar.
Minhas caminhadas com a Ludy nunca são iguais. Quando voltamos para casa, sempre chego com a próxima caminhada já agendada para o dia seguinte. Não tenho a menor intenção de parar. Ainda quero percorrer muitos quilômetros, mas sei que o tempo vai passar depressa. Vejam só! Bastou uma olhadela no relógio para constatar: já estamos caminhando há tantos anos!
O que acontece entre mim e a Ludy é que há um gostar de estar na companhia um do outro que faz o tempo passar depressa demais! É assim que o tempo se comporta quando estamos caminhando, conversando e nos divertindo. Ele voa!