Caminho da Liberdade: escapando do comunismo
Caminho da Liberdade: direção de Peter Weir UM TRIBUTO ÀS VÍTIMAS DO REGIME STALINISTA Ouvi a palavra gulag pela primeira vez quando foi pronunciada em algum telejornal no começo dos anos 1970, quando tinha 12 ou 13 anos. Não atinei de imediato para o seu significado, mas passei anos acreditando se tratar do nome de um arquipélago na União Soviética – culpa do escritor Aleksandr Soljenítsyn, premiado com o Nobel de Literatura depois de empreender um esforço sobre-humano para se livrar da vigilância comunista e contrabandear para o ocidente o livro mais bombástico daquela década. Quando entrei na faculdade, descobri que a obra – um calhamaço em três volumes – conta as histórias de centenas de sobreviventes dos campos de concentração soviéticos na Sibéria, para onde eram despachados os... inimigos do povo. Jamais li Arquipélago Gulag , mas compreendi o significado trágico do seu título por meio das resenhas publicadas na imprensa: ilhas de desgraça pontilhadas por toda a gélida