O Assassino: adaptação de uma ótima HQ francesa
O Assassino: direção de David Fincher UM PROTAGONISTA ABJETO, CAINDO EM CONTRADIÇÃO Cinema e histórias em quadrinhos sempre se resvalaram. Há pontos de intercessão entre ambos, que funcionam como estímulo para os artistas interessados em expandir seus recursos narrativos. Will Eisner experimentou planos cinematográficos que depois inspiraram cineastas. Stan Lee alfabetizou o público na linguagem que agora domina o cinema de ação. Frank Miller expropriou a articulação narrativa do cinema noir... Inúmeros artistas foram além das idiossincrasias e estabeleceram novas maneiras de contar histórias. É nas diferenças entre as duas formas de arte, no entanto, que encontramos os grandes rompantes artísticos. A trilha sonora como condutora da jornada emocional do espectador, a decupagem dos movimentos para ampliar a acuidade visual do leitor, o distanciamento da tela e a proximidade tátil no virar de cada página, os cheiros da pipoca e do papel... Criar par...