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Minha opinião sobre... a liberação da maconha!

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É SÓ MAIS UM INSTRUMENTO DE CONTROLE SOCIAL Sou contra as drogas. Quando faço tal afirmação, sei que vai aparecer algum provocador e perguntar:           – As lícitas ou as ilícitas?           Esse tipo quer deixar implícita a noção de que álcool e tabaco também são drogas, mas a sociedade hipócrita as aceita porque “há todo um aparato capitalista que se beneficia da sua comercialização”. Com a perguntinha retórica, o sujeito também tenta colocar a maconha no mesmo patamar de periculosidade e abre um sorriso no canto da boca, acreditando ter encontrado o argumento definitivo pela descriminalização do seu uso recreativo.           Antes de enveredar pelas ruelas dessa discussão, gosto de deixar claro o porquê da minha recusa em consumir drogas – todas as drogas! Elas alteram meu estado de consciência, tiram de mim o controle da minha criatividade e matam a minha individualidade, na medida em provocam as mesmas reações neuroquímicas que borbulham no cérebro de qualquer outro que também a

Cinco filmes de Roman Polanski

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PROFUNDIDADE PSICOLÓGICA E AMBIENTAÇÃO IMPECÁVEL Se você, caro leitor, estiver interessado em conhecer detalhes sobre a vida, a carreira e a obra de Roman Polanski, sugiro que apele para o Google. Basta digitar o nome do diretor no buscador, para abrir as comportas e ser inundado por um oceano de informações. A depender do seu fôlego, poderá alcançar profundidades reveladoras. Aqui na Crônica de Cinema, no entanto, tudo o que você encontrará será o depoimento deste cronista autoproclamado cinéfilo, mais interessado em compreender o papel que os filmes tiveram, têm e seguirão tendo na construção da meu ser.           E como os filmes de Roman Polanski foram marcantes para mim! O primeiro ao qual assisti foi O Bebê de Rosemary , no cineclube da Escola Técnica. Fiquei arrepiado por noites seguidas! Depois veio A Dança dos Vampiros , Chinatown , Tess , Piratas , Busca Frenética , O Pianista ... Bem, Polanski já assinou dezenas de filmes, dos quais conheço talvez uma dúzia – sou do tempo em

7 distopias

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QUANDO O INDIVÍDUO É ESMAGADO Já ouvi muitos cinéfilos falando sobre distopias, mas também já percebi alguns fazendo confusão: usam o termo para se referir a um filme de ficção científica, como se todo filme de ficção científica fosse uma distopia! Distopia é o exato oposto da... utopia! Lembro-me bem das aulas de história! Utopia, para se referir a uma construção social perfeita, sem conflitos, organizada por normas e instituições bem arquitetadas e empenhadas apenas em produzir cidadãos felizes, é um conceito criado pelo escritor inglês Thomas Morus, isso lá no começo dos anos 1500. De lá para cá, utopia virou sinônimo de quimera. De algo inalcançável, que jamais se concretizará. Comunismo, socialismo... Essas fantasias do século XIX!           Já a distopia é uma construção narrativa que segue na direção contrária: a da imperfeição! Descreve sociedades controladas com mão de ferro pelo estado, onde ao cidadão cabe apenas lamber as botas dos poderosos de plantão. Fala de realidades s

É proibido conjugar o verbo lacrar!

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Diamante de Sangue: filme de 2006 OS PATRULHEIROS INVADIRAM A CRÔNICA DE CINEMA Uma horda de acéfalos invadiu ontem a Crônica de Cinema. Mais precisamente, a página do blog no Facebook. O motivo? Um post divulgando a crônica que escrevi sobre Diamante de Sangue , filme de 2006 dirigido por Edward Zwick. Os desmiolados ficaram indignados porque afirmei que o filme tem um roteiro feito para lacrar! Ah, essa palavra! Causou um curto circuito entre os dois neurônios compartilhados pelos coletivistas ideologizados – sim, não demonstram ter neurônios próprios, apenas os compartilhados! Os patrulheiros trataram de esbravejar: tal palavra está proibida de ser pronunciada, porque é ofensiva àqueles que gostam de... lacrar!           Quem acompanha meus textos e comentários, aqui no blog e nas redes sociais, sabe que prezo pelo bom trato com o idioma e pela qualidade do conteúdo gerado. Mas paciência tem limite! A enxurrada de ofensas, impropérios e disparates impublicáveis alcançou os índices m

Filmes de super-heróis: armadilha para prender adultos numa dimensão adolescente

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Os Vingadores: exemplo de filme de super-heróis O QUE HÁ DE ERRADO COM ESSE TIPO DE FILME? Nada! Filmes de super-heróis são criativos e divertidos. Impulsionam as técnicas cinematográficas e o uso da computação gráfica. Promovem avanços na linguagem audiovisual, ao exigir um refinamento na edição de sons e imagens. Como produto da cultura popular, são um primor. Combinam ação e aventura com design e marketing, para expandir a narrativa e a experiência sensorial para além do cinema, alcançando os videogames, os brinquedos, o mercado editorial, a indústria da música... O grande problema nesse tipo de filme está na plateia. Se você tem doze, quatorze, dezesseis anos... está tudo certo. Relaxe e aproveite. Mas se você já está com vinte e cinco, trinta anos... Trate de arrumar uma boa desculpa, caso seja apanhado na fila dos ingressos.           A proliferação dos filmes de super-heróis está ligada ao fenômeno de infantilização da sociedade, facilmente percebido se examinarmos a cultura de

Film List - Dia dos Pais

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Tornei-me pai aos 30 anos. E pai é isso mesmo, um ser no qual nos tornamos! Não acontece de repente. É um processo lento, que tem início no momento em que recebemos a notícia de que a paternidade está a caminho. Quando ela chega, materializada no ser que agora seguramos nos braços, já somos homens transformados – mas ainda sem a menor noção das enxurradas de transformações que virão, uma depois da outra. Quando nos damos conta, já somos pais há tanto tempo que nos esquecemos de que já fomos filhos. Já fomos motivo de transformações!           Meu pai também passou por isso, aos 29 anos. Convivi com ele por apenas 15 anos, mas foi tempo o bastante para que ele esculpisse o homem no qual me tornei. Cada parte de mim tem as marcas do seu cinzel.           Hoje, aos 63, sou 18 anos mais velho do que meu pai jamais foi. É uma maioridade! É provável que tenha acumulado mais experiência do que ele, que tenha superado o seu estado de maturidade... Talvez fosse eu a lhe impor mo

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