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Shakespeare Apaixonado: divertido, envolvente e romântico!

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Shakespeare Apaixonado: Filme de John Madden O TEATRO SEMPRE FOI MOVIDO PELA PAIXÃO Todo mundo é fã de William Shakespeare. Aqui no Brasil seu nome anda de braços dados aos de Romeu e Julieta. Ser ou não ser... Há mais mistérios entre o céu e a terra... Sonhos de uma noite de verão... Hamlet... Espere aí, já fui longe demais! Talvez Shakespeare não seja tão popular por aqui. Muitos brasileiros ainda nutrem por ele alguma implicância, depois que Gwyneth Paltrow desbancou Fernanda Montenegro ao faturar o Óscar de melhor atriz por Shakespeare Apaixonado , filme de 1998 dirigido por John Madden. Parece tolice, mas depois de tantos anos, alguns ainda torcem o nariz para este filme. Pois há vários motivos para rever tal posição.           O primeiro deles é o próprio Willian Shakespeare, um dos maiores escritores de todos os tempos. Imaginativo, intelectualmente prolífico e dono de uma potência poética incomum, ele soube voltar seus dons para a arte de desvendar ...

Brazil – O Filme: uma distopia inspirada em George Orwell

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Brazil - O Filme: direção de Terry Gillian QUANDO MONTY PYTHON ENCONTRA GEORGE ORWELL No Brasil do começo dos anos 1980, o humor anárquico do grupo inglês Monty Python não era popular. Poucos tiveram a oportunidade de assistir no cinema ao filme Monty Python em Busca do Cálice Sagrado . Com o advento dos videocassetes, as fitas com os programas de TV da trupe britânica apareceram nas locadoras e ajudaram a atrair espectadores para as salas de exibição, quando chegaram os filmes A Vida de Brian e Monty Python – O Sentido da Vida . Na época, poucos enxergaram a conexão entre esses títulos e Brasil – O Filme , dirigido em 1985 por Terry Gillian – aliás, uma conexão sutil e se a menciono aqui, é apenas para criar um efeito narrativo.           Acontece que Terry Gillian, o diretor, foi um dos integrantes dos Monty Python – o único americano do grupo. Como cartunista, contribuiu com as animações que permeiam os filmes da trupe, além de ter colaborado nos roteir...

O Último Duelo: uma superprodução ousada

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O Último Duelo: direção de Ridley Scott UM DRAMA, TRÊS PONTOS DE VISTA O Último Duelo , dirigido por Ridley Scott em 2021, é uma prova de que a sétima arte já não é mais a mesma. O filme tem DNA de cinemão e consumiu um orçamento polpudo, mas amargou um retumbante fracasso nas bilheterias – não arrecadou 20% do que os investidores aportaram. É um filme ruim? Longe disso! É cinema de primeira, bem realizado, com ótimas atuações e uma história envolvente. Mas o público não se dispôs a visitá-lo nas salas de exibição. Parece que, ultimamente, está mais cômodo ficar em casa e consumir as ofertas do streaming.           Produções caras viraram artigos exclusivos para poucos cineastas – os Nolans, Camerons e Villeneuves da vida – ou restritos a temáticas infantilizadas – Godzillas, Coringas, Wolverines e Deadpools... Ousadias como O Último Duelo terão que se contentar com orçamentos modestos. O fracasso financeiro do filme é algo a se lamentar, pois arrefece o í...

Jurado Nº 2: os dilemas de se fazer justiça

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Jurado No 2: direção de Clint Eastwood UM PROFUNDO RESPEITO AO DEBATE Aos 93 anos, Clint Eastwood resolve rodar um novo filme. Os cinéfilos que acompanham sua carreira esfregam as mãos, ansiosos. Conferir a proeza, que o diretor realiza com invejável lucidez, é uma reverência obrigatória. Entretanto, Jurado Nº 2 , lançado em 2024, é mais do que uma curiosidade ou um produto do oportunismo comercial. É cinema pulsante, envolvente e repleto de conteúdo para ser degustado com prazer e, sim, reverência.           Vamos direto ao ponto: Jurado Nº 2 é um drama de tribunal, confinado no espaço mental em torno de um julgamento, onde o aparato do sistema judiciário é posto à prova em sua capacidade de fazer justiça. O cinéfilo atento já deve ter remontado ao clássico 12 Homens e Uma Sentença , dirigido em 1957 por Sidney Lumet. Lá, os jurados tentam decidir o destino de um jovem acusado de assassinar o próprio pai. Onze deles o consideram culpado, mas um tem dúvida...

Zona de Risco: tiros, drones e tecnologia da comunicação

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Zona de Risco: direção de Willian Eubank UM VISLUMBRE DA MODERNA GUERRA DE DRONES Quem aprecia um bom filme de ação, já não cai mais nesse tipo de armadilha: colocam na capa, com destaque, o nome de um ator hollywoodiano consagrado no gênero – um com idade avançada – e capricham na foto. Depois de dar o play, você descobre que o tal astro faz apenas uma ponta insignificante, sem qualquer relevância para o conteúdo dramático do filme. Cabe ao restante do elenco, composto por novatos inexpressivos, a tarefa de prender a atenção do espectador. Geralmente não conseguem, porque o roteiro é mal costurado, as linhas de diálogo são óbvias e a trama vem ancorada apenas nas cenas de ação, repletas de clichês.           – Puxa vida! Como é que um ator com tão boa reputação veio parar num filme B? – você se pergunta, sem vontade de ouvir a resposta.           Confesso que quando me deparei no serviço de streaming com o filme Zona de Risco ...

Um Feliz e Próspero 2025

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MINHAS PREVISÕES PARA 2025 Descobri que tenho capacidades premonitórias. Sério! Ainda não compreendi como elas funcionam, se é que funcionam de fato. Sei apenas que funcionaram, dia desses, quando fui alcançado por uma visão perturbadora: Ludy escorregava e levava um tombo na esquina de casa, enquanto ia para a academia. Vi isso claramente pela manhã, ao passar pelo local enlameado e escorregadio, por causa de uma obra da prefeitura. Durante meu treino, não tirei a imagem da cabeça e ao voltar para casa, tratei de alertar minha mulher. À tarde, não a deixei sair sem antes recomendar novamente que tomasse cuidado naquela esquina. Ludy prometeu que se cuidaria.           Pois não é que a danada voltou para casa toda machucada? A queda foi feia, mas não aconteceu na esquina da academia, como tinha visualizado. Foi na esteira! Uma senhora caiu enquanto caminhava e Ludy foi tentar ajudá-la, mas teve que passar por sobre uma outra esteira, que alguém esqueceu lig...

Uma crônica de Natal

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AH, ENTÃO É ISSO QUE SIGNIFICA! “Feliz Natal”. Já repeti essa frase incontáveis vezes, desde que aprendi a falar. De início, a pronunciava de modo mecânico. As duas palavras ainda não formavam significado nos murais da minha mente. Apenas as repetia, numa apropriação do que diziam minha mãe e meu pai. “Feliz” foi a primeira que compreendi: sorrisos, carinho, atenção, conforto, segurança... “Natal” também não foi tão complicada: doces, presentes, festa, brincadeiras... Os anos passaram e “Natal” virou aniversário do “papai do céu” – na verdade, um garotinho pobre que cresceria para ser morto de forma horrível, pregado numa cruz.           Aos nove anos, já conhecia essa história em detalhes, depois de passar pelo catecismo e fazer a primeira comunhão. Daí em diante, minha religiosidade desceu ladeira abaixo. Voltei a pronunciar a frase “Feliz Natal” de forma mecânica, já que os murais da minha mente ficaram abarrotados de outros significados, que estavam aga...

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