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Mostrando postagens com o rótulo Catástrofe

Independence Day: trazendo a fantasia para o mundo real

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Independence Day: direção de Roland Emmerich LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA, DURANTE O FERIADO AMERICANO Para quem vive na Região Sul, como é meu caso, o mês de julho tem as feições do inverno. As temperaturas baixas nos obrigam a tirar do guarda-roupa os casacos mais pesados e as bebidas quentes se tornam as mais apreciadas. Enquanto isso, lá no hemisfério norte, dá-se o oposto: o verão representa a cara das férias e da diversão. É quando a indústria do cinema aproveita para lançar seus filmes arrasa-quarteirão, na certeza de alcançar as maiores bilheterias. Naquele 2 de julho de 1996, a aposta vencedora foi Independence Day , dirigido por Roland Emmerich. Nunca a expressão arrasa-quarteirão – ou blockbuster, como preferem os anglófonos – foi tão bem empregada. Os trailers exibidos à exaustão, mostravam a Casa Branca sendo pulverizada por raios alienígenas e a cidade de Nova Iorque sendo reduzida a escombros, num realismo desconcertante. Durante semanas, não se falou de outra coisa.        

A Onda: baseado em fatos que um dia podem ser reais!

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A Onda: filme dirigido por Roar Uthaug CINEMA NORUEGUÊS MANIPULA CLICHÊS E ACABA NUMA GRANDE CATÁSTROFE Cineastas costumam ser fisgados pela sétima arte logo na infância. A possibilidade de criar realidades alternativas, iludir com efeitos especiais e dar asas à imaginação, confere um tom lúdico à criação cinematográfica, sugerindo que tudo não passa de pura diversão. Aqueles com habilidades narrativas logo encontram o caminho da profissão, o que não os impede de continuar se divertindo muito ao longo do processo. Esse parece ser o caso do diretor norueguês Roar Uthaug. Seu filme A Onda , realizado em 2015, é um autêntico exemplar do cinema catástrofe, que mistura ação, tensão e destruição, numa fórmula que esperamos encontrar nos melhores parques de diversões. Tem efeitos visuais dignos de Hollywood, mas vem também com uma forte personalidade nórdica.           Fã declarado dos filmes de terror e de catástrofe, Roar Uthaug embarca aqui num gênero consagrado, que lida com conceitos já

O Impossível: a história real da família de María Belón

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O Impossível: filme de Juan Antonio Bayona REALISMO NÃO BASTA, É PRECISO EXTRAIR EMOÇÃO Quando a costa da Tailândia foi arrasada por um tsunami, no Natal de 2004, as imagens da destruição entulharam nossas televisões e inundaram de tristeza as comemorações de final de ano em todo o mundo. Foram mais de 230 mil vítimas fatais e uma quantidade inimaginável de feridos – física e emocionalmente. As narrativas do desastre ocuparam espaço em toda a mídia, sempre numa abordagem jornalística. Reportagens, mesmo as que elevam o tom para entrar na disputa pela audiência, costumam priorizar o conteúdo informativo, mostrando respeito para com os que sofreram perdas. Mas o cinema, com sua vocação para a dramatização, está mais interessado na emoção, na dor, no sofrimento... Quando decidi assistir ao filme O Impossível , dirigido em 2012 pelo espanhol Juan Antonio Bayona, tive receio de tropeçar em mais uma produção apelativa do gênero catástrofe, recheada de efeitos especiais realistas, planejados

O Dia Depois de Amanhã: catástrofe climática vira pura diversão

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O Dia Depois de Amanhã: filme de Roland Emmerich PERSONAGENS VEROSSÍMEIS, PREMISSAS POUCO CIENTÍFICAS Cá entre nós, acreditar que o mundo caminha na direção de uma catástrofe climática, decorrente do aquecimento global provocado pela atividade humana, é um exercício de pura arrogância do homo sapiens. Culpar o dióxido de carbono emitido pelos combustíveis fósseis – e também os gases ruminados pelas vacas que cultivamos em escala industrial – é uma desculpa fajuta, inventada por ideólogos mais interessados em praticar o controle social. A ciência só começou a monitorar a temperatura global a partir de meados do século XIX, há menos de dois séculos, portanto. Um piscar de olhos na turbulenta história climática do planeta, que já passou por incontáveis sobressaltos causados por fenômenos naturais mais poderosos do que qualquer bagunça que possamos causar – excetuando as explosões nucleares numa temida guerra apocalíptica!           Veja bem: não estou dizendo que não possam acontecer even

No Escuro da Floresta: Vai muito além do apocalipse!

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No Escuro da Floresta: filme dirigido por Patricia Rozema O APOCALIPSE SE TORNA INTIMISTA AO GANHAR UM TOQUE FEMININO – Não dá pra se guiar pela sinopse. Esse filme é muito melhor do que dizem – reclamou Ludy, apertando o passo para ultrapassar o casal de idosos à nossa frente. Enquanto a seguia pela pista movimentada do parque, retruquei:         – Ah, mas pense que é difícil resumir um filme inteiro em pouquíssimas palavras. Ainda mais um tão denso!         – Não tem desculpa! Quem escreve essas sinopses só pode ser um estagiário!         Minha mulher estava indignada. Por pouco deixamos de assistir ao filme  No Escuro da Floresta , escrito e dirigido em 2016 pela canadense Patricia Rozema. Classificado no serviço de streaming como drama e descrito rapidamente como um filme pós-apocalíptico, não causou empolgação quando nos deparamos com ele na lista de sugestões. O que me motivou mesmo foi a capa do filme, ilustrada com a foto de Ellen Page e Evan Rachel Wood, duas atrizes conhecid

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