Perdidos na Noite: o Midnight Cowboy ao qual todo cinéfilo precisa assistir
Perdidos na Noite: filme dirigido por John Schlesinger
Direção: John Schlesinger
Roteiro: Waldo Salt
Elenco: Dustin Hoffman, Jon Voight, Sylvia Miles e Brenda Vaccaro
MÚSICA INESQUECÍVEL, PERSONAGENS MEMORÁVEIS E UMA CIDADE INTEIRA COMO PANO DE FUNDO
Há filmes que espelham uma época e se tornam marco na história do cinema. Já aqueles que refletem a alma humana, resistem ao tempo e se eternizam na mente do espectador. Perdidos na Noite, filme de 1969 dirigido pelo inglês John Schlesinger conseguiu ambas as proezas. Contando uma história envolvente e carregada de sentimentos profundos e verdadeiros, permanece assombrosamente atual passados mais de meio século do seu lançamento.
É inegável que Perdidos na Noite ganhou força quando registrou as atuações espetaculares de Jon Voight e Dustin Hoffman. O primeiro encarnou Joe Buck, um jovem interiorano do Texas que se fantasia de cowboy e chega a Nova Iorque para ganhar a vida servindo madames ricas como garoto de programa. O segundo vive Ratso – apelido para Enrico Rizzo – um ladrão vigarista em petição de miséria, que vive num prédio condenado e transita pela cidade mancando como um aleijado tuberculoso. O encontro dos dois resulta na soma de duas solidões, mas também no nascimento de uma amizade verdadeira e honesta.
Baseado no livro Midnight Cowboy, escrito por James Leo Herlihy, o roteiro filmado por Schlesinger é de autoria de Waldo Salt – que mais tarde também escreveria Serpico e Amargo Regresso. Salt manteve-se fiel ao texto original, mas soube levar o relacionamento entre os dois personagens para o centro da sua narrativa. O resultado foi um retrato emocional e genuíno de como dois homens sem esperanças tentam sobreviver à margem da sociedade.
A direção de John Schlesinger mostra-se vital na construção do filme. Quando não está concentrado em enquadrar os personagens, o diretor volta suas lentes para uma Nova Iorque suja e miserável, alcançando grande realismo. A cidade imensa e apinhada de gente solitária, palco de frustrações e desesperanças, vira personagem marcante nessa história, servindo de pano de fundo para aqueles que estão... Perdidos na Noite. Nesse ponto é preciso reconhecer que o título em português ressaltou uma camada importante do filme e destacou o caráter universal da história.
Na cerimônia do Óscar de 1970, o público se surpreendeu ao ver um filme com temática adulta – para a época, quase pornográfico – conquistar as estatuetas de melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro adaptado. Uma conquista e tanto, que faz de Perdidos na Noite um filme que não pode ficar apenas na prateleira dos colecionadores, ou ocupando verbete na enciclopédia dos melhores do cinema. É uma obra para ser vista e revista de tempos em tempos. E por que não agora?
É inegável que Perdidos na Noite ganhou força quando registrou as atuações espetaculares de Jon Voight e Dustin Hoffman. O primeiro encarnou Joe Buck, um jovem interiorano do Texas que se fantasia de cowboy e chega a Nova Iorque para ganhar a vida servindo madames ricas como garoto de programa. O segundo vive Ratso – apelido para Enrico Rizzo – um ladrão vigarista em petição de miséria, que vive num prédio condenado e transita pela cidade mancando como um aleijado tuberculoso. O encontro dos dois resulta na soma de duas solidões, mas também no nascimento de uma amizade verdadeira e honesta.
Baseado no livro Midnight Cowboy, escrito por James Leo Herlihy, o roteiro filmado por Schlesinger é de autoria de Waldo Salt – que mais tarde também escreveria Serpico e Amargo Regresso. Salt manteve-se fiel ao texto original, mas soube levar o relacionamento entre os dois personagens para o centro da sua narrativa. O resultado foi um retrato emocional e genuíno de como dois homens sem esperanças tentam sobreviver à margem da sociedade.
A direção de John Schlesinger mostra-se vital na construção do filme. Quando não está concentrado em enquadrar os personagens, o diretor volta suas lentes para uma Nova Iorque suja e miserável, alcançando grande realismo. A cidade imensa e apinhada de gente solitária, palco de frustrações e desesperanças, vira personagem marcante nessa história, servindo de pano de fundo para aqueles que estão... Perdidos na Noite. Nesse ponto é preciso reconhecer que o título em português ressaltou uma camada importante do filme e destacou o caráter universal da história.
Na cerimônia do Óscar de 1970, o público se surpreendeu ao ver um filme com temática adulta – para a época, quase pornográfico – conquistar as estatuetas de melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro adaptado. Uma conquista e tanto, que faz de Perdidos na Noite um filme que não pode ficar apenas na prateleira dos colecionadores, ou ocupando verbete na enciclopédia dos melhores do cinema. É uma obra para ser vista e revista de tempos em tempos. E por que não agora?
Resenha crítica do filme Perdidos na Noite
Ano de produção: 1969Direção: John Schlesinger
Roteiro: Waldo Salt
Elenco: Dustin Hoffman, Jon Voight, Sylvia Miles e Brenda Vaccaro
Belíssima história sobre companheirismo embalada pela música maravilhosa de John Barry. Show de atuações de Hoffman e Voight. Não tinha como dar errado.
ResponderExcluirSim, Thomaz, o filme é um divisor de águas no cinema americano. Não só no tema, mas também na estética.
ResponderExcluirAdorei o texto, aliás sua opinião é indispensável pra mim
ResponderExcluirMuito obrigado! Estou sempre aberto para trocar boas ideias!!!!!!
ExcluirBela crítica! Coloca a importância dessa obra prima em seu devido patamar.
ResponderExcluirMuito obrigado, Armando. Tentei ser reverente a um filme inspirador.
ExcluirClássico filme,na minha infância passava corujão,que saudade do tema e autores novos.
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