O Sexto Sentido: atmosfera de suspense sobrenatural

Cena do filme O Sexto Sentido
O Sexto Sentido: filme dirigido por M. Night Shyamalan

NO COMEÇO, VEMOS SÓ O QUE SHYAMALAN QUER MOSTRAR

Sucesso! Talvez seja essa a melhor palavra para se referir ao filme O Sexto Sentido, realizado em 1999 pelo diretor M. Night Shyamalan. A comoção causada à época do seu lançamento foi enorme. Lembro que as pessoas saiam do cinema ávidas por comentar sobre o ponto de virada no final da história, mas precisavam se conter. Não podiam estragar a surpresa dos que ainda não a conheciam – naqueles tempos a palavra spoiler não fazia parte do nosso vocabulário. Nos bares e restaurantes as mesas eram divididas entre os que já haviam visto o filme e os que estavam ansiosos para ver.
        De fato, a revelação no final do filme nos chegava como o acento agudo que é por fim acrescentado a uma palavra, alterando completamente seu significado. A leitura que fazíamos estava errada o tempo todo e o único que sabia disso era... o roteirista! Estranhamente, as pessoas não se sentiam enganadas. Fascinadas com a criatividade do autor, entregavam-se ao prazer de reler o filme, revisando todos os detalhes reveladores que deixaram escapar desde as primeiras cenas.
        O Sexto Sentido elevou M. Night Shyamalan a uma sólida posição na indústria do cinema. Com justiça, diga-se de passagem, já que seu filme foi idealizado e escrito com brilhantismo. O roteiro preciso, costurado a partir de uma estrutura sólida, consegue desvendar seus personagens em profundidade, numa progressão repleta de suspense e tensão permanente. Ao filmar seu roteiro com criatividade e sensibilidade artística, M. Night Shyamalan fez cinema autoral de qualidade. Revelou-se um criador visual competente, entregando ao espectador uma experiência sensorial envolvente.
        O filme nos conta a história de Malcolm Crowe, o psicólogo vivido por Bruce Willis que, depois de sofrer um atentado provocado por um ex-paciente, decide recompor a carreira. Ele aceita tratar o garoto Cole Sear, interpretado por Haley Joel Osment, que aos 8 anos é assombrado por visões fantasmagóricas. Enquanto acompanhamos o trabalho investigativo do psicólogo em busca de explicações racionais, somos conduzidos a um universo carregado de significados espirituais, numa atmosfera permanente de suspense e mistério.
        O Sexto Sentido chegou ao Óscar prometendo arrasar. Foi indicado em seis categorias: melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro original, melhor ator coadjuvante, melhor atriz coadjuvante e melhor montagem. Saiu sem nenhuma estatueta, mas entrou para o hall da fama. A excelente atuação do ator mirim Haley Joel Osment foi decisiva, mas sejamos justos: Bruce Willis e Toni Collette também arrasaram!

Resenha crítica do filme O Sexto Sentido

Ano de produção: 1999
Direção: M. Night Shyamalan
Roteiro: M. Night Shyamalan
Elenco: 
Bruce Willis, Haley Joel Osment, Toni Collette, Olivia Williams, Trevor Morgan, Donnie Wahlberg, Peter Anthony Tambakis, Jeffrey Zubernis, Bruce Norris, Glenn Fitzgerald, Greg Wood, Mischa Barton, Angelica Page e Lisa Summerour

Comentários

  1. Final incrivel

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    1. Sem querer parecer a que antecipa finais que viram a chave e não me surpreendem no final, digo wue a mim não surpreendeu tanto. Por quê? Por já ter lido muita literatura espírita. Então assusti a este filme co.ouyris olhos, ou seja, prestando atenção à detalhes que já havia lido em casos de pessoas que morreram, mas não sabiam que morreram. E o filme , para quem já havia lido sobre tais casos, deu muitas pistas. Não há dúvidas, porém, que o filme é mesmo excelente.
      " Os outros" cujo diretor vai em uma pegada parecida, me surpreendeu mais. Talvez, "Sexto sentido" não tenha levado nenhum Oscar, pelo tema. Quando se trata de roteiros sobrenaturais, pode incomodar muitos. E à própria política da academia. Vai saber. Pois merecer, o filme merecia. E como!

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  2. Sensível e envolvente!

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    1. É um filme memorável, que continua presente no repertório de muitos cinéfilos!

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  3. Assisti várias vezes. Excelente. Retrata o que gostaria que fosse realidade.

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