Mad Max 1: aqui, a matéria-prima é a insanidade

Mad Max: filme dirigido por George Miller
O PONTO MÁXIMO DA LOUCURA PÓS-APOCALIPTICA
No final dos anos 1970, costumava ir depois da aula até os sebos no centro da cidade, para vasculhar as estantes à procura de livros baratos e histórias em quadrinhos. Era frequente encontrar exemplares em inglês da revista Heavy Metal e em francês da Metal Hurlant, os quais colecionava. O universo gráfico que vislumbrava no folhear de cada página era feito de pura modernidade; não havia estética mais ousada e imaginativa chegando por meio da mídia convencional. Até que me deparei com o filme Mad Max, realizado em 1979 por George Miller.
Na tela, reconheci imediatamente o visual pós-apocalíptico e a abordagem distópica dos quadrinhos que tanto apreciava. O filme Mad Max veio como um sopro de novidade, impondo um tratamento diferente para os elementos de ação e perseguição, comuns nos filmes do gênero. As doses de violência eram mais intensas, as velocidades maiores, as destruições eram mais espetaculares... Parecia que os realizadores estavam dispostos a chegar ao ponto máximo de ação e emoção.
Mad Max se passa num futuro não muito distante e insinua que o apocalipse, quando vier, virá aos poucos e acabará com a humanidade por partes. Max Rockatansky (Mel Gibson) é um oficial de polícia – o que restou dela – empenhado em exibir suas habilidades de perseguidor implacável; dirige em alta velocidade pelas estradas desertas da Austrália, à cata de malfeitores insanos. Em meio a embates violentos acaba se metendo com uma gangue de motoqueiros liderados por um tal Toecutter (Hugh Keays-Byrne), o que lhe custará caríssimo.
Na tela, reconheci imediatamente o visual pós-apocalíptico e a abordagem distópica dos quadrinhos que tanto apreciava. O filme Mad Max veio como um sopro de novidade, impondo um tratamento diferente para os elementos de ação e perseguição, comuns nos filmes do gênero. As doses de violência eram mais intensas, as velocidades maiores, as destruições eram mais espetaculares... Parecia que os realizadores estavam dispostos a chegar ao ponto máximo de ação e emoção.
Mad Max se passa num futuro não muito distante e insinua que o apocalipse, quando vier, virá aos poucos e acabará com a humanidade por partes. Max Rockatansky (Mel Gibson) é um oficial de polícia – o que restou dela – empenhado em exibir suas habilidades de perseguidor implacável; dirige em alta velocidade pelas estradas desertas da Austrália, à cata de malfeitores insanos. Em meio a embates violentos acaba se metendo com uma gangue de motoqueiros liderados por um tal Toecutter (Hugh Keays-Byrne), o que lhe custará caríssimo.
A insanidade é a matéria-prima do filme. Num mundo que se desmantela, o certo e o errado ficam tão embaçados quanto a lucidez ou a loucura. O resultado da equação só pode ser um: a violência. O diretor George Miller e o roteirista James McCausland criaram um subgênero da ficção científica, uma espécie de road-movie pós-apocalíptico, que inspirou um sem número de filmes e resultou em uma franquia de sucesso – embora tal criação, como já declararam, tenha sido resultado do baixíssimo orçamento de que dispunham.
Os realizadores tiveram que contratar clubes de motoqueiros que usaram suas próprias motos e figurinos, além de concentrar os gastos apenas na caracterização dos atores principais. Ainda assim, o visual do filme Mad Max envelheceu bem! Mel Gibson, que teve a carreira alavancada graças ao filme, entregou uma atuação econômica e ao mesmo tempo marcante – mas é verdade que seu personagem exigiu poucos recursos dramáticos.
Ainda hoje o primeiro filme da franquia Mad Max funciona muito bem, como filme de ação e como proposta estética. Suas continuações foram realizadas com a injeção de vultosos orçamentos, mas jamais deixaram de ressaltar seu principal apelo: a força de um personagem contaminado pela insanidade do mundo, movendo-se além do ponto máximo que se pode alcançar.
Os realizadores tiveram que contratar clubes de motoqueiros que usaram suas próprias motos e figurinos, além de concentrar os gastos apenas na caracterização dos atores principais. Ainda assim, o visual do filme Mad Max envelheceu bem! Mel Gibson, que teve a carreira alavancada graças ao filme, entregou uma atuação econômica e ao mesmo tempo marcante – mas é verdade que seu personagem exigiu poucos recursos dramáticos.
Ainda hoje o primeiro filme da franquia Mad Max funciona muito bem, como filme de ação e como proposta estética. Suas continuações foram realizadas com a injeção de vultosos orçamentos, mas jamais deixaram de ressaltar seu principal apelo: a força de um personagem contaminado pela insanidade do mundo, movendo-se além do ponto máximo que se pode alcançar.
Resenha crítica do filme Mad Max
Ano de produção: 1979
Direção: George Miller Roteiro: George Miller e James McCausland
Elenco: Mel Gibson, Joanne Samuel, David Bracks, Steve Bisley, Tim Burns, Mathew Constantine, Roger Ward, Lisa Aldenhoven, Bertrand Cadart, David Cameron, Robina Chaffey, Stephen Clark, Jerry Day, Hugh Keays-Byrne e Geoff Parry
Parabéns pelo texto! Excelente filme!! Um clássico!!
ResponderExcluirMuito obrigado!!!!
ExcluirNão diria ser um clássico,pode ser um filme cultuado por uma fatia de admiradores deste gênero ,recursos parcos e Boa dose improvisações,imaginaçõe de fato um bom filme!
ResponderExcluirSim, é um bom filme, dentro do que se propõe. A fatia de admiradores ficou enorme, na medida em que os estúdios empreenderam um significativo esforço promocional.
ExcluirOnde a ideia e força dos poucos elementos transformam um filme em espetáculo marcante.
ResponderExcluirSim, os realizadores acertaram quando mantiveram o foco no drama do protagonista.
ExcluirComo sempre, acertovo nas análises do filme, puro suco de nostalgia.
ResponderExcluirAh, muito obrigado!!!!
ExcluirÉ um cult-movie inquestionável que revelou Mel Gibson para o mundo cinematográfico
ResponderExcluirE criou um novo estilo para os filmes de ação!
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