A Cor Púrpura: onde foram parar as cartas de Miss Celie?
A Cor Púrpura: filme de Steven Spielberg ADAPTAÇÃO DESFOCADA DE UM ROMANCE CONTUNDENTE Eis que, em 1985, Steven Spielberg se vê às voltas com seu primeiro drama, depois vencer como diretor de grandes sucessos de bilheteria. Certamente foi colocado à frente do projeto para transformar A Cor Púrpura em um arrasa-quarteirão. E conseguiu, mas conseguiu também mergulhar em um mar infestado de polêmicas e críticas desfavoráveis. Revisitei o filme recentemente e continuo achando que o diretor errou a mão, embora tenha nos entregado uma produção caprichada, com uma narrativa ágil e envolvente. Mas antes de cutucar nos problemas, vamos falar um pouco do livro que originou o filme. Trata-se do romance A Cor Púrpura , escrito em 1983 por Alice Walker. Esse estrondoso sucesso, que rendeu a ela o Prêmio Pulitzer, traz uma característica importante: é construído por meio das cartas escritas pela protagonista – endereçadas ao Querido Deus e à sua irmã Nettie. Segue um formato literário pop