O Expresso da Meia-Noite: exagerando os horrores da prisão
O Expresso da Meia-Noite: filme de Alan Parker QUE ISSO SIRVA DE EXEMPLO Completei 18 anos quando o filme O Expresso da Meia-Noite foi lançado em 1978. Estava apto, portanto, a comprar meu ingresso e me acomodar numa das poltronas daquela sala de cinema quase vazia. Sabia que estava prestes a encarar um filme denso, com temática adulta e que prometia causar polêmica. Mas não estava preparado para tamanho impacto. O filme me apresentou a um novo tipo de cinema, feito para incomodar, que faz questão de ser impertinente e de tocar em temas espinhosos. Um filme que, logo entendi, pertencia à linhagem dos que têm o prazo de validade estendido por décadas – como Taxi Driver , de 1976. Saí do cinema com dois nomes na cabeça, que havia extraído dos créditos: Alan Parker, o diretor e Oliver Stone, o roteirista. Os mesmos nomes nos quais tropecei ao percorrer as páginas dos cadernos de cultura dos jornais e das revistas especializadas. Na mídia, o filme O Expresso da Meia-Noite logo