O Impossível: filme de Juan Antonio Bayona REALISMO NÃO BASTA, É PRECISO EXTRAIR EMOÇÃO Quando a costa da Tailândia foi arrasada por um tsunami, no Natal de 2004, as imagens da destruição entulharam nossas televisões e inundaram de tristeza as comemorações de final de ano em todo o mundo. Foram mais de 230 mil vítimas fatais e uma quantidade inimaginável de feridos – física e emocionalmente. As narrativas do desastre ocuparam espaço em toda a mídia, sempre numa abordagem jornalística. Reportagens, mesmo as que elevam o tom para entrar na disputa pela audiência, costumam priorizar o conteúdo informativo, mostrando respeito para com os que sofreram perdas. Mas o cinema, com sua vocação para a dramatização, está mais interessado na emoção, na dor, no sofrimento... Quando decidi assistir ao filme O Impossível , dirigido em 2012 pelo espanhol Juan Antonio Bayona, tive receio de tropeçar em mais uma produção apelativa do gênero catástrofe, recheada de efeitos especiais realistas, planejados
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