Gladiador: imprecisões históricas e muita dramatização

Gladiador: filme dirigido por Ridley Scott UMA HISTÓRIA PARA DEIXAR A HISTÓRIA MAIS PALATÁVEL Os anglo-saxões sabem muito bem a diferença entre “history” e “story”. Já nós, falantes do português, que seguimos a norma culta, usamos somente uma palavra: história, que se refere tanto a uma peça de ficção quanto à compilação científica dos fatos históricos. Alguns torcem o nariz para tal regra. Acreditam que ela gera confusão. Outros, niilistas, preferem atropelar a própria norma culta. Infelizmente, o aparato educacional do estado brasileiro decidiu reduzir a norma culta a um reles compêndio da linguagem técnica da academia e do jornalismo. Tecnocratas, afinal, lidam melhor com o idioma quando o contém dentro de limites burocráticos, pragmáticos e utilitaristas. Para os estudantes que estão chegando agora, a tal norma culta não é mais do que uma formalidade incômoda, a ser abandonada assim que se alcança a média na prova de português. Coitados!...