A Árvore da Vida: a densidade de um poema cinematográfico
A Árvore da Vida: direção de Terrence Malick BUSCANDO UM SENTIDO ESPIRITUAL Com qual finalidade alguém clica no play e começa a assistir a um filme no serviço de streaming? Tal pergunta, feita assim, de supetão, gera uma diversidade de respostas: para passar o tempo, para se divertir, para se aprofundar em algum assunto, para aprender algo, para se emocionar... No final das contas, todas as respostas convergem para um único ponto: o objetivo é sempre fruir uma boa história. Quem se põe a assistir ao filme A Árvore da Vida , dirigido em 2011 por Terrence Malick, certamente espera acompanhar uma boa narrativa – nada mais natural para quem se depara com as fotos de Brad Pitt, Sean Penn e Jessica Chastain na capa e lê a sinopse sobre as desventuras de uma família texana na década de 1950. O problema, para os desavisados, é que o diretor é notório por seu estilo não narrativo e a história que se propõe a contar está tão entranhada nos corredores secretos da sua própria alma, que vem codific