Chinatown: um caso complicado explicado num roteiro primoroso
Chinatown: filme dirigido por Roman Polansky MAIS DO QUE UM FILME, JÁ VIROU PATRIMÔNIO CULTURAL Roman Polanski, empunhando um estilete, faz cara de mau para interpretar um bandido abjeto – mas elegante em sua estampa europeia. Impiedoso, corta o nariz de Jack Nicholson, ou melhor, de JJ Gittes, o detetive autoconfiante que se comporta como quem já viu de tudo nessa vida, mas que está prestes a fazer uma descoberta estarrecedora. Essa cena de Chinatown , dirigido em 1974 por Roman Polanski, vem como um alerta para o próprio espectador: não meta o nariz onde não é chamado. Mas já é tarde! Desde as primeiras cenas desse neo-noir envolvente, já fomos fisgados pelo carisma do protagonista e pelo clima de mistério dessa história complexa e surpreendente. Chinatown foi o filme que consagrou Jack Nicholson e o colocou entre os melhores atores de Hollywood. Foi também a última produção que Polanski realizou nos Estados Unidos, antes de retornar definitivamente para a Europa. Também r