15h17: Trem Para Paris: um história real
15h17: Trem Para Paris: filme de Clint Eastwood PESSOAS, PERSONAGENS, ATORES... TODOS MISTURADOS NA MESMA DRAMATIZAÇÃO Imagine que você está envolvido em uma reconstituição policial: depois de ouvir as testemunhas, colher os depoimentos dos criminosos e estabelecer as ações que afetaram as vítimas, procura encenar os fatos de acordo com as diferentes versões. Coloca todos de volta na cena do crime e revive os acontecimentos na presença de peritos e autoridades, com o objetivo é descartar as versões improváveis e ficar com a única que, de acordo com as evidências, reflete a verdade. Você não está interessado em expressar significados ou extrair relevância artística da encenação – muito embora isso seja inerente a qualquer interação entre seres humanos. Tudo o que você quer é realizar um procedimento burocrático. Eis aqui um modelo narrativo ao qual o grande público jamais tem acesso – fica restrito às esferas judiciais e se traz alguma função estética, apenas os advogados, juí