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Mostrando postagens com o rótulo Drama

Escritores da Liberdade: nessa história real, uma professora muda a vida dos alunos

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Escritores da Liberdade: filme dirigido por Richard LaGravenese UMA HISTÓRIA REAL REVELA COMO A LITERATURA TRANSFORMA VIDAS Que mágica essa professora usará para salvar alunos enjeitados e revoltados, que já entram em sala de aula vitimados por tensões étnicas e sociais e pelo convívio com mazelas e violências? O que parecia impossível vira realidade. Não por mágica, mas por bom senso! Escritores da Liberdade , filme de 2007 escrito e dirigido por Richard LaGravenese é baseado na história real e inspiradora da professora Erin Gruwell e seus alunos de uma escola pública na Califórnia.           Quando a professora Erin Gruwell, interpretada por Hilary Swank chega para o seu primeiro dia de aula, vestindo um traje vermelho e usando colar de pérolas, o espectador não tem dúvidas: ela será massacrada. Os adolescentes em ebulição, fracionados entre as gangues de hispânicos, negros e asiáticos, logo a enxergam como a inimiga comum, perfeita representante de um sistema opressor dominado pelos

Um Sonho Possível: enaltecendo os méritos individuais

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Um Sonho Possível: filme dirigido por John Lee Hancock UMA HISTÓRIA EDIFICANTE  A mensagem principal do filme Um Sonho Possível ,  escrito e dirigido por John Lee Hancock em 2009, é sobre como os méritos e valores individuais podem vencer o determinismo pessimista que contamina a nossa sociedade. E essa é uma mensagem poderosa, que conquista o espectador logo de cara. Já nas primeiras cenas ele estabelece empatia com os personagens e, a partir daí, não quer se distrair com malabarismos narrativos ou exageros estilísticos.  Quer apenas que o filme vá direto ao ponto.           Foi o que fizeram os realizadores, adotando a mais tradicional linguagem dos dramas hollywoodianos. Acertaram em cheio! Um Sonho Possível nos conta uma história edificante, que aconteceu de fato com personagens verdadeiros, endinheirados e famosos. Tem claras pretensões comerciais, mas tem também um enredo envolvente, com pitadas equilibradas de drama e humor e está repleto de cenas emocionantes.        

Rosa e Momo: um drama sobre amadurecimento com emoções verdadeiras

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Rosa e Momo: Edoardo Ponti CINEMA ITALIANO INTENSO, MADURO E CONDUZIDO COM OBJETIVIDADE Vez ou outra, enquanto estou concentrado escrevendo sobre filmes para alimentar a Crônica de Cinema, Ludy se dedica a uma atividade que me faz contorcer de inveja: ela assiste aos filmes! Aqui em casa, foi minha mulher quem primeiro degustou Rosa e Momo , produção de 2020 lançada pela Netflix. Depois, durante nossa caminhada, ela fez um saboroso relato, que me despertou a fome de cinema.           – Ela está ótima! Tem quase noventa anos e olha... Dá conta do recado – empolgou-se Ludy, descrevendo como a presença magnética da lendária Sophia Loren enriqueceu o filme.           – Como é mesmo o título?           – É Rosá e Momô – respondeu Ludy. Caprichou na acentuação para me ensinar a pronúncia correta dos nomes dos personagens.           Antes de assistir ao filme, fui fazer a lição de casa. Uma rápida pesquisa na internet revelou se tratar de uma produção dirigida pelo italiano Edoard

Crash: No Limite: histórias cruzadas, temas espinhosos

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Crash: No Limite: filme dirigido por Paul Haggis HISTÓRIAS CRUZADAS, DE PERSONAGENS QUE IRRADIAM EMOÇÕES INTENSAS Preconceito racial, xenofobia, tensão social, sexismo, machismo... Os temas mais espinhosos borbulham num caldeirão chamado Los Angeles, onde os aglomerados de gentes diversas se afastam e se isolam. Em Crash: No Limite , filme de 2005 escrito e dirigido por Paul Haggis, os personagens estão preocupados com seus dramas pessoais e não percebem que suas vidas se cruzam, num emaranhado de coincidências. Um grande filme, que até hoje suscita discussões.          O filme nos lembra que  na vida real as histórias se cruzam, embaralhando causas e efeitos numa teia incompreensível para quem segue eternamente concentrado nos próprios problemas. Paul Haggis colheu um punhado de histórias distintas e as costurou num roteiro primoroso, onde desenhou um retrato nítido de algumas das muitas tensões que pairam sobre os habitantes de Los Angeles.           – Ah, mas é forçar demais a barra

O Caso de Richard Jewell: uma história real de injustiça

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O Caso de Richard Jewell: filme dirigido por Clint Eastwood QUEM É ESSE SUJEITO? O VILÃO RETRATADO PELA MÍDIA, OU O HERÓI ADORADO PELA MÃE? Diretor: Clint Eastwood. Assim que li essas três palavras, apertei o play. Não deixaria passar a oportunidade de assistir ao filme O Caso de Richard Jewell , de 2019, que acabara de entrar num dos serviços de streaming que costumo acessar. Já tinha lido comentários em alguns sites de cinema, que vieram com ressalvas ao filme, acusando-o de ser raso e recheado de clichês. Precisava ver isso com meus próprios olhos e agora posso afirmar: não é nada disso!         Antes de assumir a defesa do filme, deixe-me situar o leitor: Richard Jewell foi o agente de segurança que encontrou uma bomba no Centennial Park de Atlanta, sede dos jogos olímpicos de 1996. Ela explodiu e matou duas pessoas, ferindo outras 100. Graças à ação de Jewell, um incontável número de vítimas foi salvo e o sujeito virou herói nacional. Porém, uma reviravolta o converteu em vilão. I

O Escafandro e a Borboleta: uma história real de superação

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O Escafandro e a Borboleta: filme dirigido por Julian Schnabel SÓ O CINEMA, COM SEU PODER DE COMUNICAÇÃO, PARA FALAR DA... FALTA DE COMUNICAÇAO! Num momento, Jean-Dominique Bauby estava no topo da carreira, vivendo intensamente o glamouroso mundo da moda. No outro, viu-se confinado consigo mesmo num corpo fulminado pelo AVC. Para contar essa história verídica, o diretor Julian Schnabel encontrou uma estética criativa e poética, seguindo um roteiro primoroso de Sir Ronald Harwood. O Escafandro e a Borboleta , de 2007, é um drama de superação, onde o ator Mathieu Amalric faz mágica.          A história se passa e m 1995. Um acidente vascular cerebral vitimou Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) e o fez experimentar a rara síndrome do encarceramento. Consciente, confrontado primeiro com seus medos e raivas e depois com suas culpas e arrependimentos, descobriu que jamais poderia se comunicar novamente com o mundo. Justo ele que era editor chefe da revista Elle, que experimentara a fama e

O Gambito da Rainha: a jogada é deixar o xadrez apenas como pano de fundo

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O Gambito da Rainha: série dirigida por Scott Frank COMO NAS PÁGINAS DE UM ROMANCE, SETE CAPÍTULOS ENVOLVENTES Disponível na Netflix, a minissérie O Gambito da Rainha  tem sete episódios e é uma joia preciosa para quem gosta de uma boa história bem contada. Baseada no romance escrito em 1983 por Walter Tevis, narra a trajetória de Beth Harmon, uma fictícia enxadrista americana que  ficou órfã aos nove anos, mas  chegou ao topo no circuito dos campeonatos E  conquistou fama e fortuna . Acompanhamos sua chegada ao orfanato, seus primeiros contatos com o xadrez, suas primeiras vitórias, sua imersão no mundo dos campeonatos, seu desenvolvimento incrível e suas conquistas espetaculares, sempre respirando a inconfundível atmosfera dos anos 1960.         Não, em  O Gambito da Rainha,  o xadrez – esporte minucioso, enfadonho e incompreensível para a maioria dos espectadores – não é o foco. É tratado apenas como pano de fundo. Carência afetiva, controle emocional, tenacidade, atitude competitiv

Os Irmãos Sisters: dois pistoleiros numa história diferente

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Os Irmãos Sisters: filme dirigido por Jacques Audiard NÃO É NENHUMA RENOVAÇÃO DO WESTERN, MAS É CINEMA PROVOCANTE E INTELIGENTE O título é uma piada sem graça. O filme, pesado demais para uma comédia, não alcança densidade para ser um verdadeiro drama. É um western porque se passa no Oregon em 1851, mas a história pode se encaixar em qualquer época e lugar. E o diretor é um francês, que faz a adaptação de um romance escrito por um canadense. Tudo isso faz de Os Irmãos Sisters , de 2018, um filme inusitado, que merece ser visto. John C. Reilly e Joaquin Phoenix estão ótimos!           Para preservar o efeito disparatado do título original em inglês, talvez em português pudéssemos ter ficado com... Os Irmãos Irmãs – mas não soaria nada bem. O fato é que Eli Sisters e Charlie Sisters são dois assassinos de aluguel que exalam masculinidade por todos os poros – como, aliás, é praxe em todos os filmes de bangue-bangue. Trabalham para o poderoso Comodoro, que os contrata para perseguir, captu

O Mestre dos Gênios: personagens reais da literatura americana

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O Mestre dos Gênios: Michael Grandage OS MITOS QUE ESCREVEM E EDITAM, SÃO GENTE DE CARNE E OSSO O editor Max Perkins publicou Ernest Hemingway, Scott Fitzgerald e Thomas Wolfe, numa época em que ninguém queria saber deles e os levou ao sucesso editorial. Mas este não é o tipo de filme pedante, que fica só no verniz intelectual e esnoba o espectador com hermetismos literários. O Mestre dos Gênios , de 2016, dirigido por Michael Grandage, é um drama sensível e envolvente. Revela ótimos personagens e traz os magnéticos Colin Firth e Jude Law à frente do elenco.           Assistindo a esse filme somos confrontados com o fato de que  Ernest Hemingway, Scott Fitzgerald e Thomas Wolfe são expoentes da literatura americana, mas não precisamos ser especialista neles para assistir a Mestre dos Gênios . Não precisamos sequer ter lido seus livros – embora certamente fiquemos interessados em fazê-lo depois de acompanhar esse belo drama.           Seu protagonista é o compenetrado editor Max Perkins

Ventos da Liberdade: escapando do comunismo a bordo de um balão caseiro

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Ventos da Liberdade: filme dirigido por Michael Herbig ELES JÁ PERDERAM A LIBERDADE, AGORA NÃO TÊM MAIS NADA A PERDER Para fugir da asfixiante ditadura comunista da Alemanha Oriental, duas famílias armam um plano desesperado: por um ano e meio trabalham em segredo, construindo um balão caseiro que os levará por sobre a fronteira ultravigiada. Porém, o aparato estatal não poupa recursos para impedi-las. Dito assim, de forma concisa, pode parecer que se trata de um rompante aventureiro. Nada disso! A história é real. E agora, caro leitor, pare e reflita: o quão desesperado estará um pai de família a ponto de arriscar a vida dos próprios filhos? Colocá-los em um frágil cesto, erguê-los por um balão de tecido que ele mesmo costurou, submetê-los às forças imprevisíveis do vento e torná-los alvo de atiradores estatizados! Há muito mais em jogo que o mero anseio por aventura. Há a certeza de que sem liberdade, valor fundamental para o ser humano, não vale a pena viver.           Essa histór

Os Indomáveis: western com sotaque dos filmes de ação

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Os Indomáveis: filme dirigido por James Mangold UM REMAKE QUE TIRA PROVEITO DOS ÓTIMOS PERSONAGENS De um lado, um fora da lei conhecido e popular. De outro, um rancheiro falido, mas imbuído de sólidos valores familiares. O destino coloca os dois em conflito, numa trama onde um deles sairá derrotado.  Os Indomáveis , filme de 2007, dirigido por James Mangold e estrelado pelos astros Russel Crowe e Christian Bale é um autêntico western, mas contado numa linguagem acelerada, forjada nos atuais filmes de ação.           O diretor James Mangold, que mais recentemente realizou o ótimo  Ford vs Ferrari , sempre se mostrou um especialista em dirigir atores. Em   Os Indomáveis ele parte de um clássico do gênero western e incorpora novos conceitos para agradar as plateias mais jovens, com propensão a bocejar nas cenas mais arrastadas. Seu filme é um remake de Galante e Sanguinário - 3:10 To Yuma , realizado em 1957 por Delmer Daves e estrelado por Glenn Ford e Van Heflin. O roteiro original é

Mississípi em Chamas: caçada real aos racistas corruptos

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Mississípi em Chamas: filme dirigido por Alan Parker DOIS ÓTIMOS PERSONAGENS, EM UM DRAMA CONTUNDENTE E ATUAL Homens de preto – de terno e gravata sob o calor escaldante daquele “verão da liberdade” de 1964, quando a temperatura segregacionista subiu no sul dos Estados Unidos – estão atolados até a cintura no rio pantanoso. Procuram pistas de três ativistas dos direitos civis desaparecidos, provavelmente por obra da Klu Klux Klan. O espectador, no entanto, não tem dúvidas de que foram mortos, até mesmo sabe quem os matou. A magistral cena de abertura do filme Mississípi em Chamas , dirigido em 1988 por Alan Parker, deixa claro que a polícia local, infectada por racistas monstruosos e intolerantes, chafurda em podridão.           É esse embate entre os agentes do FBI e os corruptos do estado do Mississípi que vamos acompanhar ao longo de todo o filme. De antemão percebemos que não será uma luta fácil. Os cínicos racistas são agarrados ao poder e alegam estar legitimados pelos co

Minority Report - A Nova Lei: a policia do futuro poderá prever os crimes e evitá-los

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Minority Report - A Nova Lei: filme dirigido por Steven Spielberg FICÇÃO CIENTÍFICA ANCORADA EM PERSONAGENS BEM CONTRUÍDOS Num futuro próximo, a polícia será capaz de prever a ocorrência de um crime e prender seu autor antes que ele o cometa. Uma ideia tão fascista só poderá dar errado! Em Minority Report − A Nova Lei , filme de 2002 dirigido por Steven Spielberg e estrelado por Tom Cruise, o próprio chefe da polícia acaba perseguido por um crime que ainda vai cometer. O roteiro de Scott Frank e Jon Cohen, baseado num conto de Philip K. Dick, lapidou os personagens e a nossa visão do futuro.           Philip K. Dick é um às da ficção científica. Além de Blanner Runner escreveu O Vingador do Futuro , Assassinos Cibernéticos , O Vidente , Os Agentes do Destino , Blade Runner 2049 e Minority Report . Esta adaptação para o cinema dirigida por Steven Spielberg é de 2002 – realizada há quase 20 anos, portanto – e oferece relances de como será o nosso dia-a-dia no futuro, mas parte de uma

Os Gritos do Silêncio: fugindo do extermínio no Camboja

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Os Gritos do Silêncio: filme dirigido por , Roland Joffé O JORNALISMO REGISTRA OS FATOS, MAS NO CINEMA VIVENCIAMOS O DRAMA O Khmer Vermelho, partido comunista do Camboja, executou nos anos 70 uma engenharia social que resultou no genocídio de 30% dos cambojanos. O filme  Os Gritos do Silêncio , dirigido em 1984 por Roland Joffé retrata os fatos em dois momentos: pelos olhos de Sydney Schanberg, jornalista do The New York Times e depois pelos de seu assistente, Dith Pran, que escapou dos campos de extermínio de forma dramática. No elenco, Sam Waterston e o ganhador do Óscar Haing S. Ngor.           O cambojano Haing S. Ngor não era ator. Era um médico que, na vida real, havia passado pelos mesmos horrores experimentados pelo personagem que interpretou no filme  Os Gritos do Silencio : conseguiu escapar do matadouro em que se transformou seu país. Sua atuação convincente – tanto que foi premiada com o Óscar de melhor ator coadjuvante – ajudou a contar essa história dramática, uma das mai

Fratura: suspense com roteiro trincado

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Fratura: filme dirigido por Brad Anderson UM ROTEIRO MAIS PREOCUPADO EM MANIPULAR O ESPECTADOR O tema desse filme é a insanidade. O protagonista será confrontado com ela, cena após cena, e consumirá todas as energias tentando mostrar a todos que não é louco. Mas o grande problema da loucura é justamente descobrir-se tomado por ela, durante um lampejo de consciência! Reconhecer-se louco ao observar a sanidade acenando da estação, enquanto o trem da sua existência parte acelerando. É esse o momento crucial que esperamos ver no final de Fratura , filme de 2019 dirigido por Brad Anderson, mas seu protagonista não vive tal experiência. Perde-se no meio do caminho.           A premissa do filme é ótima: durante uma viagem de carro com a esposa e a filha, Ray faz uma parada. A garotinha sofre uma queda e quebra o braço. No hospital mais próximo, mãe e filha seguem para a sala de exames enquanto Ray espera na recepção. Adormece e quando acorda, não há sinal delas. Médicos e atendentes tentam c

O Homem nas Trevas: suspense e terror num filme autoral

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O Homem nas Trevas: Fede Alvarez TENSÃO E SUSPENSE QUE NASCEM DO PLENO DOMÍNIO DAS TÉCNICAS NARRATIVAS Numa Detroit falida e vazia, três jovens assaltantes descobrem uma barbada: invadir a casa de um velho cego, que tem muito dinheiro guardado. O que eles não sabem é que ele também guarda segredos e é dono de uma fúria insana. Em O Homem nas Trevas , filme de 2016 escrito e dirigido por Fede Alvarez − o jovem prodígio uruguaio descoberto por Hollywood − a tensão crescente é de grudar na poltrona. Nessa história onde todos são bandidos, quase não dá tempo para respirar.           O Homem nas Trevas  conta como Rocky (Jane Levy), Alex (Dylan Minnette) e Money (Daniel Zovatto) descobriram um jeito de assaltar casas numa Detroit esvaziada pela crise econômica: vasculham o cadastro da empresa de segurança do pai de Alex e escolhem as melhores oportunidades para agir. Quando os três delinquentes ficam sabendo que o velho Norman Nordstrom (Stephen Lang), um ex-combatente cego que vive sozinho

Perfume de Mulher: um remake que encanta pelas cenas memoráveis

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Perfume de Mulher: filme dirigido por Martin Brest A MAGIA ACONTECE Q UANDO UM CEGO CONSEGUE ENXERGAR A SI MESMO O que há de novo que possa ser dito sobre  o filme  Perfume de Mulher , que o leitor ainda não saiba? Detalhes dos bastidores? Curiosidades sobre o roteiro? Fofocas a respeito dos atores? Tal conteúdo está disponível com fartura na internet, ao alcance de poucos cliques. O motivo que me leva a mencioná-lo mais uma vez aqui na Crônica de Cinema – há tempos postei um vídeo com a memorável cena do tango, onde Gabrielle Anwar e Al Pacino dançam ao som de Por Una Cabeza – é na verdade bem simples: lembrei desse filme depois de divagar sobre a busca pelo autoconhecimento.           Essa palavra tem sido pronunciada com frequência na mídia e nas redes sociais, como instrumento eficiente para alcançar uma tão almejada evolução pessoal e moral. Mas de que maneira alguém pode verdadeiramente se autoconhecer? Encarando-se no espelho? Olhando para o próprio umbigo?  Escavando a própria

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